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domingo, 1 de novembro de 2009

A este Porto ígneo e radioactivo

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O papagaio do pinóquio

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domingo, 25 de maio de 2008

Nós somos a palavra!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Irmandade obscura da Rosa

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terça-feira, 6 de maio de 2008

Sexy-Lady

Travessa do poço da cidade
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Vejam lá se se despacham
que eu não quero cá fardas!
Rancho de amor para os soldados.
De cada vez só pode ir um.
E dois cabritos são esfolados
no tempo de um.
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Alexandre O´Neill

domingo, 4 de maio de 2008

Fiel ou Infiel?

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terça-feira, 29 de abril de 2008

As escolhas de Sócrates

Preço da comida na Europa sobe 39% este ano

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sábado, 26 de abril de 2008

Oda a la edad

José Barata-Moura
diz:
Pablo Neruda

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O Poeta

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DE LINHO TE VESTI

DE NARDOS TE ENFEITEI

AMOR QUE NUNCA VI

MAS SEI.

SEI DOS TEUS OLHOS ACESOS NA NOITE

SINAIS DE BEM DESPERTAR

SEI DOS TEUS BRAÇOS ABERTOS A TODOS

QUE MORREM DEVAGAR

SEI MEU AMOR INVENTADO QUE UM DIA

TEU CORPO PODE ACENDER

UMA FOGUEIRA DE SOL E DE FÚRIA

QUE NOS VERÁ NASCER

IREI BEBER EM TI

O VINHO QUE PISEI

O FEL DO QUE SOFRI

E DEI:

DEI DO MEU CORPO UM CHICOTE DE FORÇA

RASEI MEUS OLHOS COM ÁGUA

DEI DO MEU SANGUE UMA ESPADA DE RAIVA

E UMA LANÇA DE MÁGOA

DEI DO MEU SONHO UMA CORDA DE INSÓNIAS

CRAVEI MEUS BRAÇOS COM SETAS

DESCOBRI ROSAS ALARGUEI CIDADES

E CONSTRUÍ POETAS

MAS NUNCA TE ENCONTREI

NA ESTRADA DO QUE FIZ

AMOR QUE NÃO LOGREI

MAS QUIS.

SEI MEU AMOR INVENTADO QUE UM DIA

TEU CORPO PODE ACENDER

UMA FOGUEIRA DE SOL E DE FÚRIA

QUE NOS VERÁ NASCER

ENTÃO:

NEM CHOROS, NEM MEDOS, NEM UIVOS, NEM GRITOS,

NEM PEDRAS, NEM FACAS,

NEM FOMES, NEM SECAS, NEM FERAS,

NEM FERROS, NEM FARPAS, NEM FARSAS,

NEM FORCAS, NEM CARDOS, NEM DARDOS, NEM GUERRAS

NEM PAZ

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segunda-feira, 9 de julho de 2007

Não posso adiar...

Não posso adiar o amor Não posso adiar o amor para outro século não posso ainda que o grito sufoque na garganta ainda que o ódio estale e crepite e arda sob as montanhas cinzentas e montanhas cinzentas Não posso adiar este braço que é uma arma de dois gumes amor e ódio Não posso adiar ainda que a noite pese séculos sobre as costas e a aurora indecisa demore não posso adiar para outro século a minha vida nem o meu amor nem o meu grito de libertação Não posso adiar o coração

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Ergo uma rosa

Ergo uma rosa, e tudo se ilumina
Como a lua não faz nem o sol pode:
Cobra de luz ardente e enroscada
Ou vento de cabelos que sacode. Ergo uma rosa, e grito a quantas aves
O céu pontuam de ninhos e de cantos,
Bato no chão a ordem que decide
A união dos demos e dos santos. Ergo uma rosa, um corpo e um destino
Contra o frio da noite que se atreve,
E da seiva da rosa e do meu sangue
Construo perenidade em vida breve. Ergo uma rosa, e deixo, e abandono
Quanto me dói de mágoas e assombros.
Ergo uma rosa, sim, e ouço a vida
Neste cantar das aves nos meus ombros.
José Saramago

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sábado, 23 de junho de 2007

Preto &Branco

preto&branco
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza
(Ary dos Santos)

sexta-feira, 22 de junho de 2007

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quinta-feira, 7 de junho de 2007

Poema Temperamental

Poema Temperamental
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Ó caralho! Ó caralho!
Quem abateu estas aves?
Quem é que sabe? quem é
que inventou a pasmaceira?
Que puta de bebedeira
é esta que em nós se vem
já desde o ventre da mãe
e que tem a nossa idade?
Ó caralho! Ó caralho!
Isto de a gente sorrir
com os dentes cariados
esta coisa de gritar
sem ter nada na goela
faz-nos abrir a janela.
Faz doer a solidão.
Faz das tripas coração.
Ó caralho! Ó caralho!
Porque não vem o diabo
dizer que somos um povo
de heróicos analfabetos?
Na cama fazemos netos
porque os filhos não são nossos
são produtos do acaso
desde o sangue até aos ossos.
Ó caralho! Ó caralho!
Um homem mede-se aos palmos
se não há outra medida
e põe-se o dedo na ferida
se o dedo lá for preciso.
Não temos que ter juízo
o que é urgente é ser louco
quer se seja muito ou pouco.
Ó caralho! Ó caralho!
Porque é que os poemas dizem
o que os poetas não querem?
Porque é que as palavras ferem
como facas aguçadas
cravadas por toda a parte?
Porque é que se diz que a arte
é para certas camadas?
Ó caralho! Ó caralho!
Estes fatos por medida
que vestimos ao domingo
tiram-nos dias de vidaf
azem guardar-nos segredos
e tornam-nos tão cruéis
que para comprar anéis
vendemos os próprios dedos.
Ó caralho! Ó caralho!
Falta mudar tanta coisa.
Falta mudar isto tudo!
Ser-se cego surdo e mudo
entre gente sem cabeça
não é desgraça completa.
É como ser-se poetas
em que a poesia aconteça.
Ó caralho! Ó caralho!
Nunca ninguém diz o nome
do silêncio que nos mata
e andamos mortos de fome
(mesmo os que trazem gravata)
com um nó junto à garganta.
O mal é que a gente canta
quando nos põem a pata.
Ó caralho! Ó caralho!
O melhor era fingir
que não é nada connosco.
O melhor era dizer
que nunca mais há remédio
para a sífilis. Para o tédio.
Para o ócio e a pobreza.
Era melhor. Com certeza.
Ó caralho! Ó caralho!
Tudo são contas antigas.
Tudo são palavras velhas.
Faz-se um telhado sem telhas
para que chova lá dentro
e afogam-se os moribundos
dentro do guarda-vestidos
entre vaias e gemidos.
Ó caralho! Ó caralho!
Há gente que não faz nada
nem sequer coçar as pernas.
Há gente que não se importa
de viver feita aos bocados
com uma alma tão morta
que os mortos berram à porta
dos vivos que estão calados.
Ó caralho! Ó caralho!
Já é tempo de aprender
quanto custa a vida inteira
a comer e a beber
e a viver dessa maneira.
Já é tempo de dizer
que a fome tem outro nome.
Que viver já é ter fome.
Ó caralho! Ó caralho!
Ó caralho!

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domingo, 27 de maio de 2007

Porque!

Porque: Sophia Mello Breyner voz: Francisco Fanhais

Boff...e S.Francisco de Assis

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